No último sábado, enquanto arrumava uma parte inexplorada a um bom tempo do meu guarda-roupa, achei um desse. Bem mais amassado que o da foto acima, mas ainda inteiro e firme. Este óculus foi usado nos shows da turnê Psycho Circus (1998/1999) do Kiss.

Em 1998 comprei uma edição da revista Rock Brigade, com uma entrevista de Marky Ramone contando de uma possível volta dos Ramones. No final, ele só falou rapidamente que ele gostaria de um retorno.

O que me empolgou mesmo naquela revista foi a descrição do novo espetáculo dos “Quatro Cavaleiros de Detroit”. Toneladas de fogos, telão 3D e (claro), várias das melhores músicas do Kiss. Paul Stanley (Starman) e Genne Simmons (The Demon) convidaram Peter Criss (Catman) e Ace Frehley (Space Ace), baterista e guitarrista da formação original, para integrar a banda durante a excursão, só tocaram músicas gravadas pelos quatro. Com isso deixaram de fora alguns clássicos, como Forever.

Em 17 de abril de 1999, a turnê passou por São Paulo. Eu gostava da banda, não era fanzaço, mas gostava. Resolvi ir. foi uma experiência única, desde a compra do ingresso planejamento para chegar ao autódro de Interlagos, o pessoal que conheci na excursão, a longa e interminável fila, o tiozinho bêbado cambaleando na fila, os fogos de artifício, o telão 3D. Isso tudo fora o show em si, que foi magnífico. Encerrando com uma chuva de papel prateado, enquanto tocavam Rock’n’Roll all Night.

Já se vão 12 anos… Me lembro de muita coisa, mesmos perdendo alguns detalhes no tempo.

Com certeza Kiss é um dos shows que, na minha opinião, quem realmente gosta de rock de estádio precisa assistir antes de morrer. Assim como Iron Maiden, não é um “oba-oba” como Rolling Stones e U2. Nada contra as duas bandas britânicas, mas hoje elas são mais pop que rock.