Três anos atrás pensei em criar um espaço onde pudesse me expressar. Queria publicar “um pedaço da minha personalidade” na web. Não almejava fama, nem viver disso. Apenas criar uma referência neutra e sincera da minha pessoa. Algo mais limpo que um perfil no Orkut (naquela época não usava ainda nem Facebook nem Twitter). Um cantinho virtual só meu, que fosse mais humano e menos técnico que meu portifólio online.

Mais ou menos no final de 2008, por conta do meu emprego conheci uma ferramenta chamada livre Joomla! (oficialmente a ‘exclamação’ faz parte do nome). Uma plataforma para criação de web 2.0 baseada no pacote de linguagens conhecido como AJAX (Java Script + XML). Em tese, a manutenção e alimentação de um site em Joomla! seria muito simples. Mas na prática, seu desenvolvimento e criação são complexos de mais. Além do mais, ele ocupa muito espaço no servidor. É uma ferramenta ótima para sites complexos e portais, mas péssima para um simples blog.

Foi então que conheci um tal de WordPress. Também um software gratuito. Mais simples e leve. Desenvolvido totalmente (e somente) em PHP puro, era uma ferramenta leve e fácil para se desenvolver o projeto que eu queria.

Mais ou menos entre março e abril de 2009, comecei a brincar com o WordPress. Foi quando a ideia de hospedar o blog no mesmo servidor onde está meu portifólio (se fosse em Joomla! não caberia).

Comecei então a criar o “tema”. Naquela época, ainda não tinha o conhecimento que tenho hojeem CSS. Aliás, foi desenvolvendo o blog que aprendi a trabalhar com “folhas de estilo em cascata”. Não sei quem ainda se lembra da primeira versão do blog, era tosco e rígido, diagramado sobre uma horrenda tabela de 3 linhas e duas colunas. Muitos daqueles elementos ainda hoje compõem o atual ‘template’, mas agora de maneira mais funcional.

Mesmo com pouco conhecimento, poderia ter um resultado inicial um pouco melhor. Mas decidi marcar uma data para colocar o blog no ar, se não ele nunca estaria “pronto” para começar. Junho estava acabando e eu procurava um dia com um significado importante para mim. Pensei no meu aniversário, 19 de agosto. Achei um tanto pretensioso e egocêntrico. E eu não aguentaria esperar mais um mês. Acabaria desistindo.

Então me lembrei de um dia muito especial no meio do “caminho”: em 13 de julho de 1985, aconteceu um festival simultaneamente na Filadélfia (EUA) e no lendário (antigo) estádio de Wembley, em Londres (UK). O objetivo principal do evento era arrecadar recursos para combater a fome na Etiópia, e reuniu ícones como Queen, U2, Dire Strais, Madona, B.B. King, Led Zeppelin, The Who e muito outros. Os shows da Grã-Bretanha foram transmitidos ao vivo para dezenas países, em todos os continentes.

Além de ajudar os africanos, o festival ajudou a quebrar o estereótipo que rockeiros são alienados, indiferentes, agressivos e inúteis. Nunca, nenhum outro gênero cultural causara uma mobilização tão grande em torno de um objetivo tão humanitário. A importância daquele evento, intitulado ‘Live AID’, foi tamanho que as Nações Unidas (ONU) decretaram a data, 13 de julho, como “Dia Mundial do Rock”.

E neste “Dia Mundial do Rock” de 2012, uma sexta-feira, este blog que você lê agora, completa 3 anos. E este que concluo agora é o 316º post publicado neste período.

Muito obrigado aos meus poucos, mas fiéis, leitores.