Hoje fiz o principal passeio das minhas férias: Machu Picchu.

Saí do hostel, em Aguas Calientes, às 4h30 da madrugada. Acompanhei um grupo por uma trilha escura até a entrada do Santuário Nacional de Macchu Picchu. Isso mesmo, aqui no Peru, a lendária cidade Quechua é denominada como um território sagrado.

E que porra é “Quecha”? No Museo Inka, em Cusco, descobri não era o nome do império sul-americano pré espânico. Quechua era o nome do povo que habitou os Andes. “Inka” era o “César” deles (o Imperador).

Enfim, voltando ao passeio. Depois de muita confusão, fui encaixado num outro grupo, com guia em espanhol. Durante o percurso, nos foi explicado que a cidade levou mais de 100 anos sendo construída, mas nunca acabada. Os Quechua a abandonaram cerca de 30 anos antes de serem dominados pelos espanhóis. O lugar era uma espécie de “condomínio de alto padrão”, com jardins ornamentais, auto suficiente em água e alimentos e  contava com uma grande universidade.

Em meados do século XIX, duas famílias peruanas fixaram residência no lugar. Este fato fez com que a “Lenda da Cidade Perdida” ganhasse novo fôlego. E, no início do século XX, exploradores da National Geographic Society (da NatGeo) a encontrassem. A partir daí, o turismo se estabeleceu.

Alguns abusos foram cometidos, como o pouso de um helicóptero contendo o rei da Espanha (Chê Guevar levou dez dias para chegar “na raça”). Um grande out door de uma cervejaria foi colocado na praça central. E teve até um presidente que realizou uma festa de seu partido na cidade.

Após a a República do Peru declara o local Santuário Nacional e a UNESCO Patrimônio da Humanidade, essa putaria acabou. Mas o excesso de visitantes continuou até meados da década passada. E, apartir do ano que vem, cada pessoa poderá permanecer no parque por apenas uma hora (45 minutos de explicações e 15 para fotografar uma área restrita). Os objetiv desta medida são a preservação do local e o aumento do número de visitantes por dia (atualmente em 3.500).

Da saída do hostel até a minha saída do parque, foramm-se mais de dez horas. Além do passeio guiado, pude visitar o Portal do Sol. Um templo que fica numa montanha fora dos limites da cidade, que tinha comu função marcaro alinhamento dos solstícios, de verão e inverno, com as janelas do Templo do Sol, situado no meio da cidade.

Também pude me aproximar de uma ponte inacabada.

Mas a principal aventura fora dos limites da cidade, foi a subida da montanha que empresta o nome ao local. Isso meso, “empresta o nome”: nunca ninguém decifrou o nome oficial do lugar.

Havia grandes escadias irregulare pelo trajeto. Porém, num ponto onde a trilha se estreitava muito, eu travei. Entre em pânico e agarrei-me à parede. Um casal francês tentou me tranquilizar e gritar os nomes deles caso eu tivesse algum problema.

Mas pavor da altura me fez desisti. Era pouco mais da metade do caminho até o cume quando travei e decidi dar meia volta. Eu que me recuso a aparecer nas minhas próprias fotos de viagem, prometi-me um selfie do topo da Montanha Machu Picchu (isso obviamente não aconteceu).

O dia foi excelente. Conheci hoje o lugarmais incrível de toda minha vida até aqui. Mas não posso dizer que foi perfeito, porque carregarei para sempre esta frustração.

Não tenho como postar fotos aqui Aguas Calientes. As subirei amanhã em Cusco.

Comentários

  1. iramai disse:

    quem sabe um dia você volta e completa o trajeto?