Pouco tempo depois de comprar a bicicleta pude sentir literalmente na pele o que é uma fina. Numa manhã de sábado, enquanto ia para um compromisso no centro da cidade, um Audi A3 raspou na minha mão esquerda. Por sorte foi numa rua de baixa velocidade na qual o carro acabara de entrar, portanto ainda não conseguira acelerar. O susto foi suficiente para me convencer que colocar um retrovisor na bike não era frescura.

Saí a caça de um retrovisor em todas as bicicletarias que encontrei. Busquei na internet. Enfim achei um na Decathlon e fui até lá para vê-lo pessoalmente e, se fosse o caso (como foi), comprar.

Instalei o espelho do lado esquerdo. Penei um pouco encontrar a regulagem correta. Levei um tempo para me acostumar a olha-lo: no começo eu olhava de mais e não prestava atenção a frente (felizmente não cheguei a cair). Depois, ao ver os carros se aproximando, apavorava-me e jogava a bicicleta junto a guia.

Atualmente já superei esses problemas. O espelho já não prende minha atenção e nem me apavoro com o tráfego. O mais importante é que não sou mais pego de surpresa por veículos tirando finas. Ou seja, uso o retrovisor exatamente como faria num carro. De lá para cá, pedalo cada vez mais e dirijo cada vez menos.

Nessas últimas semanas chuvosas, precisei substituir o capacete pelo cinto de segurança algumas vezes. E sexta-feira passada tomei um susto quando tentei passar para a faixa da direita numa avenida. Só entendi o porquê hoje, quando o problema se repetiu: tenho olhado apenas no retrovisor esquerdo do carro. Um vício adquirido pedalando, já que a bike não tem espelho nem no lado esquerdo nem no centro do campo de visão.

Se você trafega apenas pela direita da via isso não é problema. Em qualquer outra situação este é um risco real de acidentes. Então, já que não pretendo abandonar de vez a minha carta, o melhor a fazer é dar pelo menos um passeio de carro toda semana para não perder o costume.

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