Passando pelo parque Trianon hoje encontrei uma estátua do Snoopy, o cahorro do Charlie Brown. Semana passada estreou um filme da dupla nos cinemas. Ao ver a figura na Paulista senti algo muito parecido com aquilo que descrevi sobre o novo Star Wars.

Mas o caso do Snoopy é bem diferente do caso de Luke: Charlie M. Schulz não vendeu seu estúdio para uma megacorporação para depois ser chutado de lá. O criador da turma do Minduim aposentou os seus personagens e deixou de produzir as suas tiras diárias em 2000, após 50 anos de publicação. Ele sofria de parkinson e morreu menos de um mês depois.

A história Charlie Brown é a autobiografia de Schulz. Ele realmente ganhou um beagle chamado Snoopy quando era pequeno, depois que um molequinho despejou um balde de areia na sua cabeça. E todos os personagens (ou pelo menos os mais importantes) realmente fizeram parte da sua infância. Por isso antes de se aposentar, o cartunista declarou e testamentou que não queria que ninguém desenhasse ou escrevesse novas aventuras para a sua criação depois que ele morresse.

Também tenho memoráveis lembranças da série “dublada nos estúdios da TVS” e posteriormente redublado pelo Selton Mello. Então entendo toda a nostalgia de todos que se mostraram empolgados com a estreia do filme. Mas até onde eu sei, ele nunca deveria existir, então não tenho nem curiosidade de vê-lo.

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