Estação “Largo da Batata”

Semana passada, levei minha câmera para passear na Linha 4, aquela cujo os trens não têm cabine de comando. Não foi a primeira vez que tirei fotos na janela dianteira de uma composição, Mas das outras vezes foi com o smartphone. Por isso nunca antes consegui captar o movimento dessa maneira.

Câmeras totalmente digitais, como as de um smartphone, possuem recursos de software que compensam deficiência de de luz, seja regulando o contraste ou o brilho, ou algum outro atributo. Então o disparo sempre dura uma fração de segundos, insuficiente para registrar o movimento (e muitas vezes não conseguem registrar nem uma imagem estática).

Câmeras com algum “resquício” analógico, compensam baixa luminosidade com um tempo maior de exposição, ou seja, o disparo dura alguns segundos. Isso permite a entrada de mais luz. E, se a câmera ou o objeto fotografado se mover nesse tempo de exposição, o movimento também é registrado. Daí este “efeito Tron” quando o trem entra na estação.