No último dia das Olimpíadas de 2012, numa parceria entre a Rede Globo e a Adidas, foi lançada uma enquete para eleger o nome da bola da próxima Copa do Mundo de Futebol, a ser disputada no Brasil em 2014.

Durante o Esporte Espetacular de ontem, no cenário havia 12 pedestais. Em cada um havia a bola usada em uma das últimas 11 Copas do Mundo e o ano de cada edição da competição. O último pedestal estava vazio, e nele estava o número 2014.

Durante todo o progrma, os apresentadores usaram as bolas para ilustrar matérias sobre Copas passadas. Foi contada a história da evolução tecnológica do principal objeto do futebol. Citaram os nomes de todas as bolas presentes. Tudo estava muito interessante e visivelmente caminhando para duas hipoteses, das quais a dupla de âncoras fazia “mistério”: ou apresentariam a bola de 2014 ou abririam votação para escolher seu nome. Prevaleceu a segunda.

Quando a foram apresentadas as três opções, acredito que não somente eu, quanto muitos outros brasileiros sentiram uma grande decepção. “Bossa Nova”, “Brazuca” e “Carnavalesca”. Nomes que parecem ter saído de um livro de esteriótipos manjados e pouco populares.

Imagino que a Adidas deva ter feito uma grande pesquisa no exterior sobre “o que é o Brasil”, facilidade fonética e outras questões do gênero, mas não acredito que tenham perguntado a algum brasileiro comum, que gosta de futebol, que vai aos estádios, que joga bola na rua ou na garagem de casa. Nenhum brasileiro chamaria uma bola por qualquer um desses nomes inspontaneamente.

No ano passado chegou a existir uma campanha para que a bola se chamasse “Gorduchinha”, uma homenagem ao grande locutor Osmar Santos, que parou de trabalhar em 1994, após um acidente de carro. “Ripa na chulipa e pimba na Gorduchina” era o bordão mais imitado de Osmar. Gorduchinha talvés seja o apelido mais difundido para a bola no Brasil. E se não fosse esse podeiriam escolher outro, como pelóta ou redonda. Mas as opções apresentadas pelo fabricante, na manhã de domingo, foram péssimas. Chega até a ser desconfortável pensar que o “País do Futebol” não tem o direito nem de batizar a bola da Copa.

A única forma do nome pegar é se a bola for de baixa qualidade técnica, como foi com a Jabulani em 2010. Apesar de toda a tecnologia avançada na fabricação da Jabulani, ela não era capaz de manter sua tragetória. Chegou até a ser comparada com “aquelas bolas de plástico que a gente compra no supermercado”, pelo goleiro Júlio César, da seleção brasileira.

Comentários

  1. Thiago disse:

    Eu vi hoje as três excelentes opções para a escolha da bola. Horríveis, cada nome nada a ver… Dentre os 3 acho que o menos pior é o Brazuca, embora ache esse nome ridículo para a bola… Mas pra um país que vai dar vexame na copa do mundo como time, como anfitrião, por que não dar vexame também com o nome da bola?? Jabulani era muito bom, adorei esse nome e acho que foi o que mais pegou. Dos outros anos, nem sabia que as bolas tiveram nome… Enfim, fazer o que?

    1. JODF disse:

      Também acho que “Brazuca” ganhará. Isso se chama direcionamento, não é preciso mentir os números para manipular uma enquete. Se bobear a Adidas deve até já estar fabricando a bola Brazuca.
      É como escolher entre cair de cara no barro ou na merda. Na verdade não existe uma opção melhor, apenas uma pior.